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Thursday, August 29, 2013

REALIDADE

Seja Benvindo à vida real. Onde a Tancha continua a viver no bunker do Alto São João; Silvina na entrada de Cascabudjo; Paulino encalhado em Tarrafal de Monte Trigo; Fatinha fincada na barraca de Sal Rei e Juvino na fundo Cobon. Todos parte da vida real, nua e crua, sem qualquer alarido e que não obedece a padrões nem pretensões. Na mesma vida real também vive os com pedigree, os chiques, intelectuais, empresários, patetas, palermas e parasitas, carochos e trolhas, de entre vários outros e os políticos.

As teorias e as evoluções sociais estão bem estudadas. Já agora e também para o showoff habitual fica aqui registado de que todos podem ler e conhecer Durkheim, Weber, Smith, Aron, Parsons, Pareto, Marx, Keynes... apenas alguns e porque tudo o resto é cognoscível. Mas Peirce já dizia que a primeridade é a possibilidade e passibilidade de existência de algo, seja ele um pensamento ou sentimento, ainda antes se quer de este se mostrar possível ou passível de existir. Aqui nada existe mas tudo existe. Não há signos, sinais nem símbolos, mas sim as suas possibilidades e passibilidades de existência.

Hoje um quer ser outro, outro quer ser entendido como outro que ele ou ela aspira ser, muitos querem mostrar a outros que estão com outros e a maioria são outros. Os chiques criarão novos conceitos e nos tags do que carregam consigo passaram a marcar o seu pedigree, mas os que reivindicam deter pedigree de essência se distanciam recentrando no casual classic para uns e góticos ou punks para outros. O eterno jogo do gato e do rato. Assim se vai na vida, assim se vai na escrita e assim se tem vivido.

Existem 335.692 indivíduos com mais de 15 anos de idade em Cabo Verde, dos quais 177.297 pessoas activas ocupadas, 137.227 consideradas pessoas inactivas e 21.168 desempregados. Se pelo menos 20% desta população, mais de 67 mil indivíduos, lesse os Jornais da praça, tivessem facebook, fossem clientes dos K’s da terra e carregassem consigo o traje chique, smarthphones e ou soubessem assim tanto da tecnologia de transporte, a economia Caboverdiana cresceria no mínimo mais 2%. Fazendo conta de merceeiro é só somarmos os impactos na energia, água, telecomunicações, combustível e a movimentação financeira e de inumeros outros bens e serviços, para chegarmos a estes mínimos.

Ainda bem que o País também tem os que criam, que constroem, que acordam pela madrugada ou nem dormem para que o amanhã traga peixe, fruta e pão fresco nos mercados. Os que se endividam para por um sonho a funcionar e desta forma alimentam famílias e famílias de todos os que trabalham nos projectos.

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