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Friday, May 28, 2010

RUANDA versus CABO VERDE


O relatório do Doing Business, que avalia e compara o ambiente para se fazer negócios nos diferentes países mostrou RUANDA, isso mesmo, RUANDA, o país que viveu um dos maiores Genocídios da história em 1990 (CABO VERDE vivia a abertura política e a Democracia), como aquele cujas melhorias nos seus sistemas mais evolui.

RUANDA saltou de uma posição de 143º lugar para 67º (CABO VERDE de 147 para 146). Este resultado é ainda mais espantoso por estarmos a falar de um país cujo em termos de IDH ocupa 167º em 182 lugares possíveis (CABO VERDE 121º), ou seja, dos piores no mundo em matéria de índice de desenvolvimento humano. Não obstante, este mesmo país conta com um PIBperCapita de apenas 900 dólares americanos (CABO VERDE 3.400), ocupando a posição 216 em 227 país mundiais (CABO VERDE 160). Mais uma vez dos piores em termos de riqueza gerada.

As perguntas que se impõem:
COMO É POSSÍVEL!?
E NÓS? TEMOS INTERESSES EM MELHORAR?
PARA QUÊ QUE SE MELHORA O AMBIENTE DE NEGÓCIOS!?

Começando da última para a primeira pergunta. O ambiente de negócios é determinante para a credibilidade e confiança dos investidores em determinado país o que lhe conduz a localizar o seu negócio naqueles cujas regras e garantias são melhores para a sua actuação. Uma vez criada um tecido empresarial de qualidade e produtivo, este é que tem como consequência a melhoria das condições de vida das populações e o consequente BEM-ESTAR.

CABO VERDE diz que sim, e está altamente engajado em melhorar a sua competitividade (BEM-ESTAR). Prova disso é nós termos mesmo um Ministério cujo seu papel central é a Reforma do Estado cujos propósitos estão essencialmente estribados na melhoria do ambiente de negócio como forma de atrair e fixar investimentos para o consequente e resultado último proporcionar o BEM-ESTAR ao país.

A situação RUANDA só é possível porque o país está a reformar-se com mais coragem e dedicação do que nós. Prova disso é que em menos de duas décadas atrás, quase um milhão de pessoas foram massacradas em Ruanda em 100 dias. Hoje a actual posição do país em círculos de negócio global é deslumbrante. Promover o espírito empresarial tem sido um elemento-chave da agenda do Presidente Paul Kagame para a nação. Em 2001 ele lançou o Rwanda National Innovation and Competitiveness initiative (uma espécie da nossa ADEI), que, de entre outros esforços, desenvolveu a “national coffee strategy”. O propósito foi uma orientação de mercado ao que têm de melhor, o café, através da construção da “Rwandan Bourbon Specialty Coffee brand”. Ou seja uma Marca. Com a ajuda de consultores, sérios investimentos, em torno de 100 milhões de dólares americanos, parcerias entre institutos agrícolas em Ruanda e universidades de renome mundial, como é o caso da Michigan State University e a Texas A & M, RUANDA trabalhou para ligar os produtores locais aos compradores mundiais e principalmente os da E.U. que são grandes apreciadores e consumidores.

Neste momento, da lista do Banco Mundial, Ruanda catapultou para fora do bairro do Haiti, Libéria e da Cisjordânia e Gaza, e rumou a grupo de países como a Itália, passando mesmo a a República Checa, Turquia e Polónia, em matéria de ambiente de negócios. A título de exemplo, num dos sub índices do Doing Business, que é a Facilidade de Abrir um Novo Negócio, Ruanda ocupa o 11º lugar no ranking mundial (CABO VERDE 136º). Publicações da Harvard University dizem-nos de que se pode cheira os sinais da revolução dos negócios em Ruanda. Uma das provas mais palpáveis e que surpreende positivamente é de que a poucos passos de distância do café de Ruanda, pode-se encontrar peixe fresco do Chile, que hoje ocupa a segunda posição em matéria de qualidade, sendo ultrapassado apenas pela Noruega como fornecedor de salmão. E ao virar da esquina do mercado Costco existem Farmácias que vendem medicamentos genéricos da marca ACTAVIS que é só a maior marca do mundo, que mais tem crescido, em matéria de fornecimento de genéricos. O PIB de RUANDA quadruplicou nestes últimos anos e desde 1995. Em conjunto com Chile, Israel, Islândia são hoje exemplos de terrenos férteis de e para o empreendedorismo. Tudo graças em grande parte aos esforços dos seus governos.

Ciente hoje do discurso mundial quanto ao empreendedorismo, a Harvard University tem estudado o comportamento de muitos governos nesta matéria, e infelizmente constatam de que muitos governos têm tido abordagens erradas para a construção de um ecossistemas de empreendedorismo. Segundo Harvard, eles perseguem um ideal inatingível de empreendedorismo e os seus olhares para as economias são completamente enviesados quanto às melhores práticas.

É preciso de que se perceba de que a Competitividade deve atender ao seu fim último, o BEM-ESTAR. E que este BEM-ESTAR é proporcionado pela empresas e tecido privado, reservando-se o ESTADO a mera regulamentação e fiscalização.

Espero, credulamente, que chegaremos a entender isso!

Sunday, May 23, 2010

IDEIAS PARA REDUÇÃO DO DESEMPREGO

Tomando a nossa realidade estatística, demográfica, psicográfica e económica, torna-se irrelevante a discussão, precisa, de quanto são os desempregados e quais suas características, pois, qualquer discussão nesse sentido nos conduziria a pelo menos três conclusões consensuais:
1 O DESEMPREGO ASSUME NÚMEROS PREOCUPANTES;
2 A ECONOMIA CABOVERDEANA É INFORMAL;
3 O PAPEL DO ESTADO PRECISA DE REDEFINIÇÃO;



No meu ponto de vista, a situação actual se resume na incapacidade do poder político em compreender que tanto melhor o seu papel quanto mais claro ele se aperceber de que a regra de 180º deve ser aplicada cabalmente. Todavia, não importa agora a cobrança de responsabilidades, mas sim, perante estas conclusões, impõe-se a necessidade da procura de soluções para pôr cobro ao desemprego.

A regra de 180º é a criação de uma linha imaginária que separa o Estado da unidade produtiva, reservando-se à definição da política global, regulamentação do mercado, sua fiscalização cabal, criação de normativos legais e garantia de seus cumprimentos.



O Estado deve entender de que o seu papel é garantir que esta dinâmica funcione e proporciona qualidade de vida aos cidadão com base numa perspectiva de sustentabilidade do lado da oferta e defesa dos direitos dos consumidores. Neste contexto, a necessidade de capital por parte do Estado deve ser entendido na base de tributações a jusante e redução de custos e barreiras à entrada e instalação de empresas e negócios no território nacional. Desta forma, isto é, com a isenção de tributação aduaneira, salvo em matérias cuja exista produção nacional, redução da burocracia de registos e criação de empresas, assim como, nas transacções patrimoniais, não patrimoniais e comerciais e ainda a redução da carga de tributação fiscal das empresas, estaremos a criar condições de formalização da economia e melhoria da competitividade do país e consequente redução do desemprego, pela via da instalação de mais e melhores empresas.

A minha visão é de que definido o que se quer de cada região, deve-se estimular o investimento, quer seja nacional ou estrangeiro, oferecendo mais valias reais para maximização do retorno dos investimentos das empresas, quanto mais não seja na redução dos custos da evolvente. Regiões como Sal e Boa Vista, deverão avançar para uma zona de tax free, atendendo a evolução turística real existente, contribuindo assim para à instalação de mais e melhores unidades comerciais em complemento à actividade turística, dando emprego e aumentado a captação e circulação de divisas, pela via do estímulo ao consumo. S. Vicente, deverá oferecer isenção de impostos e outras condições de atracção de indústrias de transformação de produtos pesqueiros, agrícolas e animais, a serem extraídos e produzidos em S. Nicolau e S. Antão, com a alta capacidade de gerar emprego como são os pescados, enlatados, produção de bebidas, derivados de frutas e outros leguminosas, com o valor acrescentado da possibilidade de escoamento internacional facilitado pelo Porto Grande e seu Aeroporto Internacional. Deverá se fazer da ilha uma zona franca industrial isento de impostos para as unidades instaladas com empregabilidade mínima. O beneficio virá não só pelo emprego gerado, mais poder de compra e o consequente aumento do consumo local, assim como pela melhoria da balança de pagamentos nacional através das exportações.

O mesmo cenário se deve aplicar a ilha do Fogo, quanto ao vinho e queijo, na medida em que a ilha está a dar prova da sua capacidade produtiva.

A minha proposta de crescimento económico de Cabo Verde assenta no seguinte:


O ESTADO depois de definir as áreas de desenvolvimento de cada região, de forma integrada e global, deverá estimular a mobilização de capital para investimentos nestas indústrias e regiões, passando a exercer uma fiscalização rigorosa e combate sem tréguas à informalidade, burla, fraude e outros desprezíveis.

IDEIAS PARA REDUÇÃO DO DESEMPREGO. Sigam o debate com estes jointers:

* Ku frontalidadi
* Teatrakacia
* Cafe Margoso
* geração20j73
* Blog di Nhu Naxu
* Tempo de lobos
* Passageiro em trânsito
* Pedrabika
* O jornal da hiena
* Nos blogue
* Amilcar Tavares
* Bianda

Thursday, May 20, 2010

O PROBLEMA É SÓ O DESEMPREGO!!!

A realidade da questão, é que para uma população activa em torno de 300 Mil pessoas, temos no país cerca de 40 Mil ou 60 Mil desempregados. Estes números, independentemente da sua numeração específica, representam indivíduos em idade activa, com força e capacidades que se encontram a margem da produção interna. Assim, estes representam apenas custos a sociedade, na medida em que não contribuem para a justiça tributária e fiscal (não pagam impostos), sendo para além de meros beneficiários da contribuição dos outros, vítimas e actores, em potência, das mais variadas calamidades sociais.

Por tudo isto, por favor, parem com os discursos políticos, demagógicos, medíocres, irrelevantes e não construtivos, para que nos concentremos sim na procura de soluções de empregabilidade e desenvolvimento integral deste nosso país.



Afinal O PROBLEMA É SÓ O DESEMPREGO!!!

Wednesday, May 12, 2010

CRISE GREGA

Investigadores do Ministério das Finanças, constataram que os sinais de riqueza abundam em Atenas, mas que apenas poucos milhares de Gregos, dos 11 milhões, declaram ter remunerações acima de 132 mil dólares. Por exemplo, na zona norte de Atenas, área nobre e rica, que também é conhecida pelas suas elevadas temperaturas, apenas 324 dos moradores admitem nos formulários fiscais terem piscinas próprias. Para melhor se compreender o comportamento fraudulento dos Gregos, os investigadores resolveram analisar a área referida através de fotografias de satélites, para seus espantos, constataram que a mesma zona tem cerca de 16.974 piscinas, contra as apenas 324 declaradas.

Ao que parece, a Grécia é um país típico de normal sonegação de impostos, chegando mesmo a ser um modo de vida esconder os activos do regime fiscal. É estimado a fuga ao fisco em cerca de 30 biliões de dólares por ano.

Para além da fuga existe ainda um outro fenómeno na Grécia, o chamado "fakelaki", nome em Grego para pequeno envelope. Pois, neste país o suborno aos funcionários do governo e “graxa” à burocracia é tão normal que as pessoas conhecem já as suas taxas.

A “batota” é tão grande na Grécia, que médicos com escritórios num bairro chamado de Kolonaki, Atenas moderna, onde lojas da Prada e Chanel podem ser encontradas aos molhos, costumam declarar remunerações inferiores a 40.000 dólares e muitos mesmo abaixo de 13.300 dólares, que é o limite para lhe isentar de tributações.

Segundo o New York Times, a riqueza Grega está em toda parte, menos nos formulários fiscais.

Monday, May 10, 2010

meu modelo de desenvolvimento de CABO VERDE

Eu confesso que fico parvo quando oiço discussões de “palhaçada” com relação a Cabo Verde, que por burrice, recalcamentos e complexos mal resolvidos, persistem num regionalismo hipócrita, medíocre e doentio.

Querendo me demarcar dos demais, que a carapuça servir, cá vai a minha proposta, que presumo natural, de desenvolvimento do meu País: CABO VERDE:



Aos que tiverem outros modelos, equilibrados e que abranja o território todo, sejam bem-vindos, porque é na diferença de opinião (quando construtivas) que o mundo evolui.