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Wednesday, May 12, 2010

CRISE GREGA

Investigadores do Ministério das Finanças, constataram que os sinais de riqueza abundam em Atenas, mas que apenas poucos milhares de Gregos, dos 11 milhões, declaram ter remunerações acima de 132 mil dólares. Por exemplo, na zona norte de Atenas, área nobre e rica, que também é conhecida pelas suas elevadas temperaturas, apenas 324 dos moradores admitem nos formulários fiscais terem piscinas próprias. Para melhor se compreender o comportamento fraudulento dos Gregos, os investigadores resolveram analisar a área referida através de fotografias de satélites, para seus espantos, constataram que a mesma zona tem cerca de 16.974 piscinas, contra as apenas 324 declaradas.

Ao que parece, a Grécia é um país típico de normal sonegação de impostos, chegando mesmo a ser um modo de vida esconder os activos do regime fiscal. É estimado a fuga ao fisco em cerca de 30 biliões de dólares por ano.

Para além da fuga existe ainda um outro fenómeno na Grécia, o chamado "fakelaki", nome em Grego para pequeno envelope. Pois, neste país o suborno aos funcionários do governo e “graxa” à burocracia é tão normal que as pessoas conhecem já as suas taxas.

A “batota” é tão grande na Grécia, que médicos com escritórios num bairro chamado de Kolonaki, Atenas moderna, onde lojas da Prada e Chanel podem ser encontradas aos molhos, costumam declarar remunerações inferiores a 40.000 dólares e muitos mesmo abaixo de 13.300 dólares, que é o limite para lhe isentar de tributações.

Segundo o New York Times, a riqueza Grega está em toda parte, menos nos formulários fiscais.

3 comments:

  1. É por esta e por outras que compreendo a relutância germânica em emprestar 22 mil milhões de euros aos gregos, com medo do calote.

    E duvido muito que possam cumprir as severas medidas de austeridade que lhes foram impostas.

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  2. Está tudo dito, meu amigo. O pior é que nós, que não somos europeus nem coisa parecida, ficamos a olhar para os exemplos mediterrânicos que a RTP e a SIC nos vendem todos os dias, em vez de olharmos um pouco mais para cima, de onde vêm os bons exemplos.

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  3. Pois é meus caros, o Álvaro tem toda a razão, continuamos a ser medíocres, comparando-nos e olhando sempre só com direcção aos nossos pares, numa procura sistemática de conforto para a nossa inércia e cobardia.

    Se neste país não aparecerem homens com coragem de romper com esta forma de vida "fácil", discurso demagógico e inconsequente, e ainda aniquilar a inércia das atitudes, a médio e longo prazo estaremos literalmente lixados, pois, a Bolha está em sopro e um dia terminará a sua elasticidade...

    Abraços,

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