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Wednesday, May 21, 2008

Marca Cabo Verde III


Identidade de marca


Por identidade entende-se o conjunto de valores e características que se pretende ver associadas, pelos diversos públicos-alvo. Segundo Aaker (1996), a identidade de uma marca deve ser gerida sob quatro perspectivas: enquanto produto, organização, personalidade e símbolo.
Dadas as especificidades da temática marca - Cabo Verde em contraposição com a usual marca comercial, pensamos que deverá ser construído um sistema absolutamente coerente que permita a concepção da marca - Cabo Verde, enquanto pessoa (aspecto social / cultural), símbolo, organização e enfoque estratégico:

- Como pessoa, a marca - Cabo Verde pode ser trabalhada em função dos objectivos que se pretendam atingir. Em termos genéricos pode optar-se por apostar em determinadas características: O nacional-tipo de Cabo Verde é competente, organizado, verdadeiro, divertido, activo, sóbrio, inteligente, acolhedor, trabalhador determinado, etc.;

- Como símbolo, o país pode trabalhar / enfatizar os elementos simbólicos já existentes, como sejam a bandeira, o hino, determinadas individualidades, etc. Pode ainda optar por alterar alguns desses símbolos. Outros países constroem novos símbolos que enfatizem determinados aspectos da sua identidade (exemplo Espanha);
- Como organização, o país pode estar associado a determinadas características: formas de organização das entidades públicas (maquina administrativa e legislativa), a burocracia, as imposições governamentais em torno da qualidade (certificação, preocupações ambientais, etc.), os sistemas de apoio às empresas (vias de comunicação, acesso a redes de dados, sistema de ensino, infra-estruturas de saúde, etc.)

- Como enfoque estratégico, o país tem de escolher determinadas áreas de desenvolvimento, quer em termos geográficos, quer em termos de actividades a apoiar. Ou seja, especialmente em economias pequenas ou débeis, deve claramente apostar-se em determinadas áreas e actividades, de forma a não dispersar recursos. Em trono destas escolhas, desenvolver-se-ão políticas de investigação, bem como infra-estruturas físicas e humanas que apoiem essas indústrias quer na sua instalação (benefícios, vias de comunicação, formação profissional e académica) quer no seu desenvolvimento (apoios à internacionalização, formação, campanhas de sensibilização, etc.)

A identidade que se concebeu deve servir de motor de coerência a todas as decisões estratégicas e operacionais, pois deverá para que, ao longo do tempo todos os públicos internos (população, empresários, intelectuais) focalizem as suas energias e as entidades externas (empresas, governos, financiadores, público) relevantes criem uma imagem do país de acordo com os nossos objectivos.

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